Ontem antes de dormir troquei o conjunto de infusão da bomba de insulina do João, tinha um refil com um pouco de insulina e abri outro que estava na geladeira para completar, formou algumas bolhinhas de ar, mas normal, purgei ou seja tirei as mesmas e tranquilo.
Medi a glicemia as 6h estava em 160 mg/dL, fiz a correção sugerida e fui trabalhar. Enquanto estou no trabalho quando necessário monitoro por telefone ou então deixo uma anotação e ele se vira. Às 8h o João me liga foi tomar café e estava 220 mg/dL, comeu mandou os carboidratos e a insulina, às 10h mede novamente 330 mg/dL, falei pra fazer a correção sugerida, mas ainda tinha insulina ativa, pensei ai tem algo errado..
Um pouco depois me liga novamente glicemia em 505 mg/dL.. provavelmente ponta de cânula dobrada.. sempre deixo uma reserva na bolsa dele, mas usamos a última e esqueci de repor, só conseguiria ir buscar e trocar outra cânula só depois das 13h.. Nesse meio tempo ele chegou na escola, outra medição 558 mg/dL..
Não era a cânula e sim bolhas de ar no cateter, purguei e as mesmas saíram, mas na hora deu um branco, não sabia o que fazer, será que foi insulina, quanto foi.. Apelei para algumas amigas no Facebook, mas acabei ligando para o médico, este falou para aplicar uma quantidade de insulina e monitorar durante a tarde, na última medição às 14h30 já baixou para 236 mg/dL, no final tudo acaba bem.
Verdade seja dita fico muitooo chateada quando vejo um número desses no glicosímetro e me pergunto onde eu errei? Fica um sentimento de frustração, mesmo sabendo que faz parte.
Por mais cuidados que temos, hipers e hipos sempre farão parte do dia a dia com o diabetes. Me sinto impotente sim diante dessa situação, mas não deixo o sentimento tomar conta. Sei que é passageiro, tanto a hiper quanto a hipo serão corrigidas e temos tantas outras coisas para pensar e viver que depois acaba sendo só um fato.
O diabetes está aqui, faz parte de nossas vidas pra sempre, é uma parte e não o todo, assim como outros aspectos que acontecem em nosso caminhar. Aceitamos, cuidadamos, tratamos e vamos caminhando.
Mesmo com os altos e baixos temos uma relação ótima com o diabetes, escolhemos assim e o diabetes não limita nossa vida!