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sábado, 30 de março de 2013

Pintando sonhos...



A coloração do quadro depende do que tens por dentro de seu coração.

Seu pincel é sua atitude, pinte a vida com a força da boa vontade e matize tudo com muito amor.

Caso a tela da sua vida escureça pelas lutas que o mundo impõe, nem assim desista.

Pinte seus sonhos com muito trabalho, muito esforço e dedicação.

As grandes mudanças pedem determinação.

O momento é agora!

Não existe ninguém tão miserável nesse mundo que não possa colorir a vida do seu semelhante com amor e caridade.

Pintar sonhos não é utopia, pode ser uma grande alegria para quem sabe viver.

Pintar sonhos não é uma louca aventura, é coisa de gente madura, que amadureceu no viver.

Pintar sonhos não é ilusão, pois quem já não sofreu decepção nos sonhos que sonhou?

Pinte sonhos, pinte a vida com os tons da felicidade, pois todo aquele que tem boa vontade pinta um mundo diferente!
[do livro: A pintora de Sonhos - Adeilson Salles]

Nós escolhemos pintar sonhos e telas de vida coloridas com o diabetes!

Feliz Páscoa!

quarta-feira, 20 de março de 2013

Mãe de criança diabética!

Pois é o que eu quero dizer com esse título, ser mãe, é ser mãe independente de ser uma criança típica ou com qualquer outro fator.. afinal amamos nossa cria de qualquer jeito, certo!

Certo! Mas agora deixa eu falar um pouco do que vai em meu íntimo...

Ser mãe de criança diabética é como um serviço 24 horas, não posso descuidar e nem me desligar, um instante de bobeira e as duas estão lá prontinhas pra aparecer.. a mais danadinha é a Sra. Hiperglicemia, ô doninha chata essa, conto carboidratos do almoço, lanchinho, jantar, mando a insulina necessária pra cobrir a alimentação e ela vive dando as caras, não se toca!!

A sua irmã Sra. Hipoglicemia é mais chata e inconveniente ainda, sabe que não é desejada, mas de vez em quando aparece sem avisar e adora me assustar, as vezes o susto é tão grande que depois que corrijo a Dona Hipo fico de pernas moles...

Ser mãe de criança diabética é ter tentáculos como um polvo, as vezes 8 braços não são suficientes, pois não cuido só do João, tenho o Ju que fica pulando em volta, o almoço pra preparar, casa pra limpar, estudar, dar atenção pra família, trabalhar fora e cuidar da Dona Bete a todo instante!!

E as idas aos médicos, dentistas, os exames que não podem ser esquecidos.. a atividade física que é primordial!!!

O João está entrando numa fase chata a pré-adolescência.. então ser mãe de criança diabética nessa fase é ter muitaaaa, mas muitaaaa paciência e tolerância, porque se não tiver qualquer hora vai passar uma criança voando pela janela [rsrsrs]!!!

Um exemplo de meu teste de paciência: Filho escovou os dentes? Fez a lição? Mediu a glicemia.. isso é lembrado, 1, 2, 3, 4... já perdi a paciência só de contar!!!! Confesso já deixei sem fazer a lição, sem escovar os dentes e uma hora deixei sem medir a glicemia, pra ele entender a consequência do não cumprir com o que lhe é devido.

Isso é um pouco do ser mãe de criança diabética.. mas sinceramente não tem diferença entre cuidar do Ju e do João, todos os cuidados com o diabetes se tornou tão normal em nossa vida que faz parte do meu ser MÃE!!! Amo-os de paixão!!


Agora tem uma coisa que "pega" em ser mãe de criança diabética é quando falta insulina ou insumos, aí fico brava de verdade.. O que é de direito pra vida não pode faltar!

terça-feira, 12 de março de 2013

João colocando a cânula..

João no sábado resolveu que queria por a cânula sozinho, deixei, olha no que deu..


Ele foi em um aniversário e conheceu um garoto de 12 anos que também usa bomba, ai na hora da troca veio com essa de querer por sozinho, com certeza rolou algum papo desse tipo entre eles.

Estou lendo um livro e num capítulo cita assim:

"... através dos amigos é que nos sustentamos uns aos outros. A amizade é sustentáculo para a vida. Não há dúvida."

Concordo plenamente e é bem isso a amizade faz toda diferença em qualquer idade e fase de nossa vida!

sexta-feira, 8 de março de 2013

Descartando lancetas

Na 2ª feira - 04/03, fui pegar a chave na bolsa para entrar no trabalho e espetei o dedo indicador em uma das várias lancetas do João que vivem passeando em minha bolsa.

Doeu muito pois foi inesperado, a ponta da lanceta fincou inteira, fiquei o dia todo com o dedo dolorido.

Geralmente tenho um potinho de fitas vazio para por as lancetas usadas, mas nem sempre lembro de deixar na bolsa e as vezes jogo no bolsinho da bolsa do lado de fora para depois descartar corretamente. Foi por este motivo que me espetei..

Tem um ditado que fala "vivendo e aprendendo", concordo literalmente. Ontem aprendi mais uma! Após usar as lancetas espetar a ponta na 'tampinha' da mesma (foto) e depois descartar. Medida simples, mas de segurança!


Agora eu aprendi..  = )

Nós descartamos as lancetas usadas, fitas, agulhas num pote de achocolatado, amaciante ou qualquer outro recipiente, depois de cheio levamos para UBS-Unidade Básica de Saúde, onde fazem o descarte apropriado.

Fica a dica!

segunda-feira, 4 de março de 2013

Diabetes: um mal que veio para fazer o bem.

Conheci a Luciana por acaso na internet e essa mamãe que mora em Goiânia é uma guerreira assim como outras mamães... vamos conhecer um pouco de sua história com o diabetes..

"Lembro como se fosse hoje do dia em que os sintomas da DM1 começaram
aparecer na vida da minha filha, Júlia, na época com apenas nove anos de idade.

Fomos ao cinema assistir a estreia do filme Rango, durante a apresentação tive
que leva-la ao banheiro umas quatro vezes, isso sem falar da enorme quantidade de água
que ela bebia. Depois desse dia comecei a observar que ela andava cansada demais,
dormia muito durante o dia e a noite reclamava que as cãibras não a deixavam dormir.
Com o passar do tempo esses sintomas foram se agravando, até que veio o hálito
cetônico. O hálito lembrou o cheiro do hálito do meu irmão, que é diabético (DM1).

Quando senti aquele hálito, comentei com meu marido que achava que ela
estava com diabetes e ele achou aquilo um absurdo. Afinal, aceitar que sua filhinha esta
condenada a passar o resto da vida tomando insulina e se privando de doces, massas...
Não é fácil.

Pois bem, naquele mesmo dia quando cheguei à escola para busca-la. Fui
recebida por uma criança abatida, sem forças e com os lábios brancos. Dali mesmo
eu a levei ao pronto socorro, o diagnostico foi dado em segundos: 512 de glicemia.
Meu mundo desabou, liguei para minha mãe e pedi que ela fosse até lá. Em seguida
comuniquei meu marido do ocorrido enquanto esperava a ambulância chegar para leva-
la até um hospital com recursos para atender uma criança diabética.

Chegando ao hospital o médico que nos atendeu me informou que indicaria uma
endocrinologista para acompanhar o caso após a alta. Foi então que ele me passou o
telefone da Dra. Hercília Cruvinel, um anjo que caiu em nossas vidas. No mesmo dia à
noite a Júlia recebeu alta e fomos para casa. No dia seguinte, logo cedo fomos encontrar
a Dra. Hercília em seu consultório. Ela nos deu uma aula, de umas duas horas, de como
ter uma criança diabética e de como agir em diversas situações. Sai de lá com um monte
de livros, receitas, dicas... Enfim, o aparato inicial necessário para a sobrevivência de
minha pequena daquele dia em diante.

Comecei comprando agulhas, canetas, glicosímetro, fitas reagentes, insulinas,
sache de álcool, entre outros insumos. Depois, comprei os alimentos diet. Foi quando
descobri que o diabetes é uma doença muito cara. Que movimenta uma indústria
capitalista que não tem pressa de encontrar a cura.

Porém, apesar de tudo acho que a DM1 veio para mudar a vida da minha filha e
esse foi o motivo pelo qual resolvi escrever este post. A Júlia estava pesando cinquenta
e nove quilos e minha luta para conseguir tirar o excesso de comida da vida dela era
grande e sem sucesso. Pois ela engordava em um ritmo acelerado. Não tinha autoestima,
se sentia excluída na escola e na sociedade, era vítima de bullying entre os colegas. Eu
como mãe já tinha tentado de tudo: terapia, reeducação alimentar, atividades físicas...
Mas, nada adiantava.

Até que com a diabetes e a dieta restritiva veio à perda de dez quilos.
Conseguimos que ela recupera-se a autoestima. E consequentemente muita coisa mudou
na vidinha dela.

Hoje, um ano e onze meses depois, ela faz natação e com empenho de campeã.
Passou a se alimentar muito melhor. Ela se olha no espelho e gosta muito do que vê. Ela
como todo mundo gosta de receber elogios e desde então recebe vários elogios.

Como o divisor de águas foi o diabetes, a Júlia considera que a doença foi um
mal que veio para o bem. E isso fez com que ela superasse o diabetes na vida dela. Ela
aplica insulina, faz quantas medições de glicose forem necessárias e nunca reclama.
Costumo dizer a ela que: você vive como todo mundo deveria viver, se alimentando
bem e fazendo atividade física diariamente. A única diferença é necessidade de aplicar
insulina.

Não gostaria de ter levado essa rasteira da vida, mas foi nesse momento que
encontramos força para lutar, eu e minha família.

Um abraço a todos e sejamos felizes!

Luciana Barreto ( mãe da Júlia )."