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quinta-feira, 31 de maio de 2012

A Genética do Diabetes

Provavelmente você desejou saber como adquiriu diabetes. Você pode estar preocupada se seus filhos também terão. Ao contrário de algumas características, o diabetes não parece ser herdado em um padrão simples. Contudo, claramente algumas pessoas já nascem com predisposição para desenvolver a doença.

O que leva a ter diabetes?

As causas para o diabetes tipo 1 e tipo 2 são diferentes. Ainda assim, dois fatores são importantes em ambos. Primeiro, você deve ter herdado uma predisposição para a doença. Segundo, alguma coisa no seu meio ambiente deve ter ativado o diabetes. Somente os genes não são suficientes. Uma prova disto são irmãos gêmeos idênticos. Irmãos gêmeos idênticos têm genes idênticos. Contudo, quando um gêmeo tem diabetes tipo 1, o outro adquire a doença quase na metade das vezes. Quando um gêmeo tem diabetes tipo 2, o risco do outro é na maioria das vezes de 3 em 4.

Diabetes Tipo 1

Na maioria dos casos de diabetes tipo 1, as pessoas precisam herdar os fatores de risco dos pais. Nós entendemos que estes fatores são mais comuns entre os brancos porque estes têm a maior taxa de diabetes tipo 1. Como a maioria das pessoas em risco de adquirir diabetes não têm a doença, pesquisadores querem descobrir qual a influência do meio ambiente para o aparecimento da mesma.

O diabetes tipo 1 desenvolve com mais freqüência no inverno e é mais comum em lugares de clima frio. Outro fator, responsável pelo para desencadear o diabetes pode ser um vírus. Talvez um vírus, de efeitos moderados na maioria das pessoas, pode ativar o diabetes tipo 1 em outras.

Uma dieta logo no início do nascimento pode ter uma participação. O diabetes tipo 1 é menos comum em pessoas que foram amamentadas e naquelas que se alimentaram de alimentos sólidos mais tarde.

Em muitas pessoas, o desenvolvimento do diabetes tipo 1 parece demorar muitos anos. Em experimentos que seguiram parentes de diabéticos tipo 1, pesquisadores descobriram que a maioria daqueles que tiveram diabete em idade mais avançada, tinham certamente auto-anticorpos no sangue por muitos anos antes. (Auto -Anticorpos são anticorpos “que deram errados”, os quais atacam os próprios tecidos do corpo).

Diabetes Tipo 2

O diabetes tipo 2 tem bases genéticas mais fortes que o diabetes tipo 1, mas ainda assim depende mais de fatores ambientais. Parece confuso? O que acontece é que o histórico familiar de diabetes tipo 2 é um dos fatores de risco mais forte para se adquirir a doença.

Americanos e Europeus comem muita comida com gordura e com pouquíssimo carboidrato e fibra, e praticam poucos exercícios. O diabetes tipo 2 é comum em pessoas com esses hábitos. Nos Estados Unidos, os grupos étnicos com maior risco de adquirir a doença são os Afros Americanos, Mexicanos Americanos, e os Índios.

Outro fator de risco para adquirir diabetes tipo 2 é a obesidade. A obesidade é mais arriscada para os jovens e para pessoas que têm sido obesas por um longo tempo.

O diabetes gestacional é mais um quebra-cabeça. Mulheres que adquirem diabetes durante a gravidez têm provavelmente um histórico familiar de diabetes, especialmente pelo lado materno. Mas como em outras formas de diabetes, fatores não genéticos têm certa influência. Mães de idade mais avançada e mulheres acima do peso têm mais propensão a adquirir diabetes gestacional.

Diabetes Tipo 1: o risco do seu filho

Em geral, se você é um homem com diabetes tipo 1, o risco de seu filho adquirir diabetes é de 1 em 17. Se você é uma mulher com diabetes tipo 1 e seu filho nasceu antes de você ter 25 anos, o risco dele adquirir diabetes é 1 em 25; se seu filho nasceu depois que você completou 25, o risco dele é de 1 em 100.

O risco de seu filho é dobrado se você desenvolveu diabetes antes dos 11 anos. Se você e seu marido têm diabetes tipo 1, o risco fica entre 1 em 10 e 1 em 4.

Existe um teste que pode ser feito para crianças que têm irmãos com diabetes tipo 1. Este teste mede os anticorpos para insulina, para ilhotas de células no pâncreas, ou para uma enzima chamada

Ácido glutâmico descarboxilase. Altos níveis podem indicar que uma criança tem altos riscos de desenvolver diabetes tipo 1.

Diabetes Tipo 2: o risco de seu filho

Diabetes tipo 2 ocorre nas famílias. Em parte, essa tendência se deve porque as crianças aprendem maus hábitos de seus pais, por exemplo, comer mal, e não se exercitar. Então há também uma base genética.

Em geral, se você tem diabetes tipo 2, o risco de seu filho adquirir diabetes é 1 em 7, se você foi diagnosticada antes dos 50 anos, e 1 em 13 se você foi diagnosticada depois dos 50.

Alguns cientistas acreditam que o risco de uma criança adquirir diabetes é maior quando é a mãe que tem diabetes tipo 2. Se ambos, você e seu companheiro têm diabetes tipo 2, o risco de seu filho é cerca de 1 em 2.

O que é “Em Risco?”

Estimativas de risco são as melhores suposições dos cientistas. Eles podem estar errados. As estimativas de risco lidam com probabilidades, não lidam com certezas.

Isso significa, que você pode adquirir a doença apesar de ter um risco baixo ou você pode não adquirir a doença apesar de ter um alto risco. Por exemplo, fumantes têm um alto risco de câncer no pulmão, mas alguns fumantes nunca têm câncer.

Esses fatores significam que seus filhos podem ter diabetes ainda que o risco deles adquirirem a doença seja baixo. A média entre americanos com chance de adquirir diabetes tipo 1 é de 1 em 100 e 1 em 9 de adquirir diabetes tipo 2. Mesmo que o risco de seu filho adquirir diabetes não seja maior que de outra criança, ele ou ela poderá assim mesmo adquirir a doença.




Fonte: American Diabetes Association (ADA)

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Encontro da família do portador de diabetes no Rio de Janeiro

A Sarah Rubia, mãe do Igor do blog Eu, Meu filho e o Diabetes, é a organizadora do encontro que promete ser super bacana no Rio de Janeiro.


Para sua família que tem um filho com DM, ou é portador de diabetes é um encontro imperdível!!!!

Vai ser em um sítio em Vargem Grande no Estado do Rio:

Dia 22 de julho- domingo

Das 9h às 17h.

Será servido lanche na entrada, almoço e lanche da tarde. Vejam algumas fotos do local, tem inclusive recreação para as crianças.

O evento se estende para as pessoas de outras cidades ou estados é só passar na página do Facebook para maiores informações e deixar os dados que a organizadora está solicitando para o sucesso do programa!

http://www.facebook.com/events/145725748888893/


Para  quem puder ir é uma ótima oportunidade para trocar vivências, aprender um pouco mais, se divertir  e claro conhecer um monte de gente legal!!!

terça-feira, 22 de maio de 2012

Ação Blogueiros - BD 2

Novamente em São Paulo no dia 11 de maio, pra mais um encontro promovido pela BD. Tivemos um outro em 2011 que foi super bacana também!

Marcaram presença o nosso blog, a Doce Vittoria e o Diabetes da Nicole, A Diabetes e Eu da Luana e outros dois blogs super legais da blogosfera materna o Comer para Crescer e o Mamatraca.

Dessa vez foi um bate papo super descontraído e alegre! Falamos de diabetes claro, mas de uma forma agradável! As meninas da blogosfera materna, vieram saber um pouco sobre nossos docinhos, o que mudou do diagnóstico pra cá, a alimentação, o uso da insulina, a aceitação da criança e da família, enfim como ficou o nosso dia a dia depois do diabetes!


A BD tem agora uma novidade que em breve estará no mercado a agulha de 6mm pra seringa, sim, pois até agora tem somente as de 8mm e 12mm, maior conforto pra quem utiliza as seringas, principalmente as pessoas que tem que aplicar as misturas de insulina.


A embalagem da agulha nano de 4mm pra utilização em canetas está de cara nova, parecida com as outras! Para caneta existem as agulhas de 4mm, 5mm, 8mm e 12mm, qual usar, aquela com a qual você se sentir mais confortável!!

Se você quiser aproveitar a novidade e concorrer ao sorteio de 2 caixas da nano ou uma bolsinha térmica super prática, a Nicole estará sorteando no dia 28 de maio às 16h. O que está esperando clique aqui  para participar!!!! Boa sorte!!

Confiram aqui os sorteados!!!


sábado, 19 de maio de 2012

2º Bingo Beneficente da ADJ - SP, você vai perder essa???

Oi pessoal!!! 
Vim convidar todos pra participar do 2º Bingo Beneficente da ADJ - SP (Associação de Diabetes Brasil)
Vai  ser num lugar bem graaannde, pra você trazer todos seus familiares e amigos!!!
Anote ai em sua agenda dia 01 de julho - domingo
Convite: R$ 5,00
Cartela R$ 1,00
Maiores informações no cartaz.


Não vá perder essa oportunidade de se divertir e colaborar com a ADJ!!!



terça-feira, 15 de maio de 2012

Janine e sua história com o diabetes - 3 filhos DM1

O João Pedro está resfriado desde domingo a tarde, está tomando corticoide, quando ele fica assim, senão cuidar, vem garganta, ouvido e ai vai...

Sabemos que esse medicamento é horrível pro diabetes, glicemias altas, altas.. já estava preparada, para isso, mede e corrigi com a novorapid... só que na hora do almoço qual o meu susto, ele mediu e deu HI, falei tá errado, mede de novo, HI, liguei pro Endo e ele explicou que era assim e coisa e tal... nos passou as unidades a serem aplicadas, mas que mesmo assim enquanto estiver com a medicação ia ficar mais alta.

Comecei o dia super bem, mas fiquei péssima nessa hora, mesmo sabendo que não é culpa minha, falei que estava preparada, mas quando acontece ai que a  gente vê mesmo..

Eu estou bem melhor, já passou, é triste, mas acontece, mas porque relatei tudo isso? Eu tenho um filho com diabetes e as vezes não é fácil, algumas mamães tem dois, mas a Janine tem três docinhos em sua casa e encara tudo numa boa, vamos ler e aprender um pouco com essa super mamãe!

Meu nome é Janine, tenho 41 anos e tenho 3 docinhos em casa. Convivo com a diabetes a 7 anos qdo o meu caçula, Adriel,aos 3 anos foi diagnosticado com dm1. O susto no começo é grande, mas já tinha algum conhecimento porque minha cunhada é dm1. Ele sempre entendeu o que podia ou não comer. Qdo Tinha festa de aniversario na escola ele comia o lanchinho q levava( eu mandava umas guloseimas Diet). Com 4 anos de idade, ele já dizia: "mãe, To baixo!" , me avisando que estava com hipo, fofo.

Depois de 5 anos convivendo com a diabetes, o meu filho Tiago, o mais velho, ficou enjoado um fim de semana. fiquei desconfiada. Medi sua glicemia e deu 242 em jejum. Pronto, não tive dúvidas. Ele estava com 17 anos e pra ele foi bem difícil…convive com a diabetes a quase 2 anos. Muito responsável e preocupado ele não come se estiver alto, apesar de faminto, espera a hora da insulina fazer efeito. Uma benção, faz tudo sozinho, se conhece, se controla, não me preocupo em nada com ele.

Por fim, o recheio do sanduíche, o filho do meio, Ian, diagnosticado a mais ou menos 10 meses. Comia demais, resolvi medir, glicemia 268, agora nem susto sentia mais, até ri da piada. Porque só podia ser piada… idade boa 13 anos, aborrescente. Ainda bem q foi bem no inicio, o pâncreas ainda esta ajudando, pois ele é difícil, come muito ainda ( graças a Deus só o q pode). Mede poucas vezes, teimoso, não entrou no esquema ainda. Vai levando.

O pediatra não acreditou e me perguntou como desconfiei dos 2 mais velhos, se os sintomas não tinham nada haver. E do Adriel,eu q pedi o exame de sangue, pq vi q ele estava sofrendo , não comia, só bebia e fazia bastante xixi na cama. Resultado: 438. Mãe sente qdo tem algo errado com seus pimpolhos…

Força a gente arruma, não é fácil, mas tbem não é difícil. Eu sempre digo para eles q tem coisas bem piores. É a vida com os seus obstáculos. Esses são meus docinhos, meus amores.



domingo, 13 de maio de 2012

Mãe, simples assim!

A minha intenção está semana foi mostrar um pouco do amor de mãe, que independente de ser mãe de uma criança com diabetes, ou não, todas somos mãe e temos as mesmas preocupações!

Quero agradecer a todos pela colaboração e paciência, mas antes de fechar esse post, tem algumas mamães que quero citar, todas são especiais, mas pra mim tem algumas que são mais ainda...

A Nicole Lagonegro do blog Doce Vittoria e o Diabetes, mãe da super Duda e da doce Vivi! Não consigo falar nela e não associar ao diabetes, é uma pessoa super bacana, sempre antenada em tudo, suas opiniões são sempre sinceras e com fundamento. Se doou em prol da causa da Educação em Diabetes, sabe muito, sempre leio seus comentários nos grupos, acesso seu blog e as vezes quando tenho alguma dúvida esclareço com ela.

Nicole uma super mãe dedicada, sempre correndo pra lá e pra cá, sem tempo pra nada! Mas com um coração enorme, uma pessoa linda por dentro e por fora, admiro a força dessa menina!! Fico feliz em fazer parte de suas amizades!!!! Nic tem em mim uma amiga!!! Obrigada por tudo!!

A meiga Yara Resende Rocha, mãe da linda Julia e da doce Laura, já publiquei aqui a sua história!

A Yara é minha irmãzinha de coração, nos conhecemos através do facebook e apesar da distância estabelecemos laços de amizade duradouros, não consigo ficar um dia sem escrever pelo menos uma mensagem de bom dia!

Uma super mamãe dedicada, faz tudo por essas meninas, sempre procurando o bem estar de ambas, mas com a Lolo de uma maneira um pouco mais profunda pelo DM, sempre em busca de informação, passa noites sem dormir, para cuidar da qualidade de vida de suas pupilas.
Yara não tem como não falar de você!!! Fica aqui o meu agradecimento pela nossa amizade e por tudo que já fez por mim!!! Obrigada de coração!!!

Tem duas pessoas que não conheço, só acompanho pelo face e pelo blog vidAnormal, mas que são exemplos de mães, de força e coragem pra mim, falo das fundadoras do Instituto ALGUEMSoraya Wallace mãe do anjo Giulia e Carolina Coelho Varella mãe do anjo Ana Luiza.

A história de vida dessas super mulheres, é algo inexplicável pra se falar, elas transformaram a dor em amor, em ajuda ao próximo, não se deixaram abater, estão seguindo em frente, tiraram forças não sei de onde pra essa missão de vida, que é o Instituto ALGUEM.

Tenho certeza que em seus corações, suas filhas estão lindas e belas como sempre foram!! E onde elas estiverem estão dando forças pra essas mamães seguirem em frente, sempre com fé e muita coragem!!!
Fica aqui o meu agradecimento pra vocês Carolina e Soraya pelo lindo trabalho realizado e pelo exemplo de motivação pra gente seguir sempre em frente com um sorriso no rosto, vocês não tem ideia do bem que fazem!!! Obrigada!!

A Carolina fez um post no face essa semana, que muito me emocionou estou colocando aqui:

Essa foi a última festinha de dia das mães que eu fui com minha filha. Maio de 2010, lá no Adalberto Valle. Quatro meses depois, Ana Luiza estava com um câncer disseminado! Como pode isso?!?! Às vezes, certas coisas não fazem o menor sentido... faria tudo pra ter essa coisa linda dançando balé pra mim de novo... a saudade dói muito e nunca imaginei que essa data fosse me derrubar desse jeito. Aquiem casa, nunca fomos de dar valor pra essas datas comerciais. Pelo contrário. Mas é que é tanta mensagem, propaganda, mães orgulhosas de seus filhotes, fotos de festinhas, de apresentações, de presentinhos carinhosos... e isso tá fazendo muito falta na minha vida. A presença dela. Só isso. Nada mais. Não existe melhor presente de dia das mães, do que a presença dos filhos. Esqueçam o resto, mulherada. Nenhum perfume, nenhum batom, nenhum jantar, flores ou qualquer objeto, tem mais valor do que ter ao seu lado, o ser humano q te transformou em mãe.... Filha, sinto muito sua falta. MUITA mesmo. Mas vou conseguir esperar, sem me desesperar. Fica linda e bem, aí onde você está, que eu vou dando meu jeito pra seguir teu exemplo por aqui... Te amo mais que tudo nessa vida. Pra sempre.
Bom... e que venha esse domingo. Vou segurar a onda. Ou não me chamo Carol... hehehehe



Fica aqui um pouco do que sinto!

Somos mãe já na concepção,
Somos mães ao amamentar, ao cuidar, ao beijar nossos filhos a noite na hora de dormir,
Somos mães quando choramos de tristeza ou alegria junto como nossos pequenos,
Somos mãe quando falamos sim, e quando falamos não
Somos mãe quando acertamos e quando erramos
Somos mães nas brincadeiras, mas também quando damos um "puxão" na orelha
Tudo isso é amor, tudo isso é educar...
Somos mães de corpo e alma!
Somos mãe na vida!
Somos mães, apenas mães, simples assim!!!
Silvia

Mamãe Luciana!!

Conheço a Luciana Tufani Batista há mais ou menos 8 anos, ela trabalha comigo. A Lu já me ajudou em tantos momentos que nem sei... quando sai de licença maternidade do João, quando eu fiquei grávida do Julio,  o nascimento dele, a cirurgia, o descobrimento do DM do João, fora no dia à dia, tanta coisa mesmo, sempre esteve e está ao meu lado segurando minha mão e me dando força...

A Lu é luz na minha e na vida de muita gente, onde chega contagia a todos com sua alegria e seu sorriso, só tenho que agradecer por essa amizade de tantos anos e não podia deixar de pedir pra ela, deixar o seu relato aqui como mãe! Lu obrigada por tudo sempre, tenho um carinho muito especial por vc!!!

QUANDO A SILVIA ME PEDIU QUE ESCREVESSE ALGO SOBRE A EXPERIÊNCIA DE SER MÃE EU TITUBIEI.

Mamãe Olga e Marianne (filha da Lu)
NÃO É FÁCIL ABORDAR ESSE TEMA QUANDO SUA MÃE NÃO ESTÁ MAIS PRESENTE E ISSO ACONTECEU RECENTEMENTE.

MAS POR OUTRO LADO, REFLETI E CONCLUI QUE O FATO DELA NÃO ESTAR PRESENTE FISICAMENTE NÃO ME IMPEDE DE COMPARTILHAR TUDO DE BOM QUE VIVENCIAMOS ENQUANTO ESTÁVAMOS JUNTAS.

AFINAL, A MÃE QUE ME TORNEI SÓ EXISTE EM RAZÃO DA MÃE QUE TIVE.
MINHA MÃE NÃO ME GEROU EM SUA BARRIGA, MAS ME ACONCHEGOU EM SEU CORAÇÃO DESDE SEMPRE.

NÃO ME LEMBRO DE UM SÓ MOMENTO DA MINHA VIDA QUE NÃO TIVESSE SIDO ACOMPANHADO POR AQUELES OLHOS AZUIS EXPRESSIVOS SEMPRE ME APOIANDO, ACONSELHANDO, CONSOLANDO, INCENTIVANDO, ENFIM, ME AMANDO.
O ORGULHO COM QUE ELA VIA EM CADA PEQUENA CONQUISTA FAZIA SENTIR-ME UMA VENCEDORA, PRINCIPALMENTE QUANDO ELA ME APONTAVA E DIZIA: AQUELA ALI É MINHA FILHA!

NUNCA CONSEGUI ENTENDER PORQUE EXISTEM FILHOS DO CORAÇÃO QUE SE SENTEM PERTURBADOS POR NÃO TEREM SIDO GERADOS BIOLÓGICAMENTE POR QUEM O CRIOU.

APRENDI NESTES ANOS DE CONVIVÊNCIA COM MINHA MÃE QUE ISSO É TOTALMENTE INSIGNIFICANTE DIANTE DA IMENSIDÃO DE AMOR, DE CUMPLICIDADE, DE COMPANHEIRISMO E DE TANTOS OUTROS SENTIMENTOS QUE ENVOLVEM A MATERNIDADE, SEM QUE ISSO IMPLIQUE EM DUAS CÉLULAS: ÓVULO E ESPERMATOZÓIDE.

AGRADEÇO A DEUS A OPORTUNIDADE DE TER CONVIVIDO COM ESSA PESSOA MARAVILHOSA, ABNEGADA, ENVOLVENTE E QUE ESTARÁ PRESENTE SEMPRE EM MEU CORAÇÃO!

MINHA FILHA TAMBÉM TEVE O PRIVILÉGIO DESSE CONVÍVIO, ENTÃO MINHA MÃE ACABOU SENDO MÃE DE NÓS DUAS AO MESMO TEMPO POR UM PERÍODO DE DEZOITO ANOS.

SER MÃE PARA MIM SEMPRE FOI UM OBJETIVO ACALENTADO COM MUITA FORÇA! SEMPRE QUIS TER 5 FILHOS, UMA FAMÍLIA GRANDE! UMA MESA CHEIA, UMA CASA COM MUITAS CRIANÇAS ARTEIRAS.

MAS DEUS ENVIOU-ME UM ANJO COM CABELOS CACHEADOS, COM OLHOS AZUIS SEMELHANTES AOS DA MINHA MÃE E ME OFERECEU A OPORTUNIDADE DE SER MÃE DE APENAS UMA ALMA, MAS QUE ME PREENCHE DA MESMA FORMA COMO SE FOSSEM OS CINCO SONHADOS.

SER MÃE É UMA EXPERIÊNCIA DIFÍCIL DE SER NARRADA, É UM MISTO DE SENTIMENTOS INSTÁVEIS QUE VÃO DA TERNURA EXTREMA À EXASPERAÇÃO EM SEGUNDOS.

SÃO MOMENTOS DE PREENCHIMENTO E VAZIO, DE SENSAÇÃO DE PODER E IMPOTÊNCIA, DE GARRA E FRAQUEZA, TUDO ISSO JUNTO E MISTURADO.
MAS AINDA ASSIM  É A MELHOR COISA DO MUNDO!!!!!

SER MÃE É TER SENTIDO NA VIDA! É ACEITAR O COMPROMISSO DE ESTAR COMPROMISSADO COM ALGUÉM PARA TODO SEMPRE. É SE VER NO OUTRO, NÃO APENAS FISICAMENTE, MAS PRINCIPALMENTE MORALMENTE, QUANDO SEUS EXEMPLOS, MAIS DO QUE SUAS PALAVRAS SÃO SEGUIDOS.
ACEITAR ESSA MISSÃO É RESPONSABILIDADE, NÃO APENAS NOS PRIMEIROS ANOS DE ÓBVIA DEPENDÊNCIA, MAS PARA TODOS OS OUTROS QUANDO A DEPENDÊNCIA PASSA A SER APENAS CONFIANÇA SEM LIMITES!

É ESTAR SEMPRE PRESENTE, MESMO QUANDO NÃO É POSSÍVEL! PARECE ESTRANHO AFIRMAR ISSO, MAS HOJE EU SEI QUE TODA MÃE ESTÁ!!!!

MESMO AQUELAS CUJA RELAÇÃO COM SEU FILHO NÃO FOI CONDUZIDA DA MELHOR FORMA, ELAS SEMPRE ESTÃO PRESENTES DE UMA FORMA OU OUTRA.

ESPERO ESTAR SENDO PARA MINHA FILHA A MÃE QUE A MINHA MÃE FOI PARA MIM!!!!
NÃO TENHO OLHOS AZUIS COMO OS DAS DUAS, MAS NOS MEUS OLHOS CASTANHOS TAMBÉM ESTÁ REFLETIDO O AMOR IMENSO QUE SINTO POR MINHA FILHA E A GRATIDÃO E RECONHECIMENTO QUE SINTO POR MINHA MÃE!!!!

sábado, 12 de maio de 2012

Mamãe de dois Docinhos

Oi gente, hoje estou postando também a história de Irene Santos... Como muitos já sabem eu tenho um filho DM 1 e para que ele tenha uma ótima qualidade de vida, os cuidados são 24h, parece aqueles lugares que atendem 24h, mas é isso mesmo!!!! Temos que estar ligadas o tempo todo, medindo glicemias, aplicando insulina, alimentação, exercícios, corrigindo hipos e hipers e assim vai...

Voltando na história da Irene, ela assim como algumas outras mamães dos grupos de diabetes que participamos, tem a mesma rotina que a minha, então qual a diferença? Eu tenho um, ela e algumas outras mamães tem dois filhos DM1, sim, dois, rotina dupla!!! Vamos então ler o post de Irene e nos emocionar com sua história...

SOU A MAMÃE DOS DOIS DOCINHOS...Gigi e Arthur

Qd minha Giovanna tinha 02 aninhos logo após o niver dela descobrimos o diabetes, a princípio pensei meu Deus meu mundo acabou, chorei muito muito mesmo me perguntei questionei pensei que minha vida iria acabar. Depois de um tempo fui retomando a vida em torno do Diabetes dela, ela ainda não ia pra escola e eu não trabalhava. Depois de conhecer a ADJ que me recomendou o médico que cuida deles hj, eu me senti bem melhor, e comecei ver as coisas de outra forma.

Passaram-se uns 03 meses até a adaptação, depois de voltar a tentar ter uma vida normal, comecei a retomar minha vida, com 2 anos e meio a Giovanna foi para escola, bom tudo foi fases, muita preocupação, muita recomendação por todos que ficavam responsáveis por ela, entre altos e baixos tudo foi correndo normal, dentro da condição dela, 5 anos se passaram quando engravidei do Arthurzinho, quando ele tinha 1 ano e 04 meses, a bomba voltou a estourar na minha casa, um segundo diagnóstico, lembro muito bem, que eu tinha marcado de maquiar e pentear uma debutante que faria aniversário 20 dias antes da internação do Arthur, eu tinha um compromisso, não podia parar de trabalhar, agora a situação na minha casa já não era mais a mesma. A mãe da menina me ligou toda chateada pela situação e disse entender que eu não iria mais arrumar a filha dela, naquele momento eu pensei, eu não poderia desistir das coisas por conta disso eu tinha que armar um esquema para conseguir conciliar tudo, e tudo daria certo. Afinal agora eram 2 diabéticos. Pensei assim DEUS me deu coragem e daquele dia em diante resolvi não parar nada na minha vida por conta dessa doença maldita que se instalou na vida dos meus filhos.

Eu não acreditei no que estava me acontecendo, fiquei muito nervosa em estado de choque mesmo, depois de esfriar a cabeça e colocar as idéias no lugar, eu pensei não vai adiantar ficar me lamuriando SE DEUS ME MANDOU OUTRO É PQ ELE ME APROVOU NO QUESITO DE MÃE PANCREAS hehehe...então pensei, vou fazer o meu melhor mais uma vez, e tudo recomeça com um ponto a meu favor, dessa vez eu sei como lidar com tudo. Tomei coragem e comecei minha luta diária, bem a Giovanna toma um tipo de insulina, o Arthur outro, pq não se deu com a mesma da Gigi, eu sigo o mesmo esquema de horários mas a alimentação é diferente devido a idade, a contagem é diferente enfim são dois tratamentos para mesma doença, mas com esquemas diferenciados.

Eu terminei meu curso e abri um espaço para trabalhar em casa mesmo, assim eu poderia garantir o meu e ficar perto deles ao mesmo tempo, com relação a Giovanna sempre tentei conversar com ela, levando mais pelo lado da brincadeira tipo, vc viu filha o seu irmão ficou com inveja de vc rsrs...Giovanna vc tem que ensinar o seu irmão vai ser como brincar de professora vc vai ensinar pra ele tudo que vc sabe e assim fui levando.

Hj trabalho em casa a Giovanna vai para escola, fazemos um sacrífico de manter ela numa escola particular acima de tudo pelas condições dela, acho que é uma forma de dar mais conforto para ela e para nós mais tranquilidade, não tenho empregada cuido de tudo sozinha, sozinha mesmo, somos eu e meu marido que me ajuda muito, trabalho no periodo da tarde de manhã cuido deles entre dextros insulinas e almoço despachar a Giovanna para escola, e a noite vou estudar, de terças e quintas faço curso e sempre qd eu saio meu marido fica com eles, eu não confio que outra pessoa fique... ha e e meu filho mais velho tb cuida deles, sabe que eles não podem passar do horário de comer, ele sabe fazer dextro e acompanha a Giovanna qd ela vai dormir na casa da Avó pra poder cuidar dela rs...enquanto eu trabalho em casa vou administrando o Arthur não deixo passar os horários da alimentação, eu priorizo muito isso, eu acho essencial para um bom controle.

Aqui usamos o mesmo esquema de alimentação para os 03, refrigerantes quando tem somente diet, comida normal, bolachas biscoitos essas coisas não compro diets não, como eles fazem contagem, fica mais fácil controlar essas coisas, doces somente de vez em quando, meu filho mais velho come tudo igual, a única diferença é que os outros dois comeu contou aplicou hehehe....

Sou bem rigida, não trato eles passando a mão na cabeça, primeiro pq não tenho tempo para isso, e depois acho que se eu não for assim a vida vai ser com eles, então eu falo quer comer ??? tem que aplicar insulina...não quer aplicar não vai comer e ponto ,qd a Giovanna quer comer muito eu falo vc sabe que vc não pode, vc quer ficar doente?? tem que se cuidar Giovanna rs...acredito que assim estou criando diabeticos firmes e responsáveis com eles mesmo, pq não vou estar aqui o resto da vida eles tem que saber se cuidar.

A Giovanna vai fazer 6 anos de diabetes as glicadas dela sempre estão na casa dos 7.3, 7.8. As do Arthur ainda um pouco alta 8.3 mas o médico diz que para idade dele tá ótimo, é assim mesmo.
Eu confio no que ele me diz, não fico pensando no dia de amanhã, se amanhã vão ficar cegos, se vão perder um pé, uma perna essas desgraças que a gente ouve as pessoas falarem, eu acredito no dia de hj, e hj eu tento fazer o meu melhor, para não colher os frutos amanhã, mas se mesmo assim for a vontade de DEUS eu aceito e vou continuar fazendo meu melhor rs...




Diabética e mamãe!!!

Uma de nossas mamães de hoje é a Luciana Oncken do blog Viver com diabetes, ela é diabética e Mãe!!!!

Um encanto de pessoa!!! A Luciana é uma mãe super dedicada, uma de suas preocupações ultimamente tem sido a alimentação de seu filhote, e como toda super mamãe vai atrás da coisas, ela fez um post super legal no seu blog que toda mamãe precisa ler: Educar para não precisar reeducar, muito bom, não deixem de ler!

Criou uma página no Facebook, chamada “Alimentação Saudável para Crianças”, com um monte de coisa bacana, visitem e curtam!



Agora com vocês o  post de Luciana:

Vale todo o esforço!

Quando fiquei grávida, decidi compartilhar com todos a minha experiência como diabética e grávida. Foi a melhor decisão que tomei, porque pude me aproximar de muita gente que passou pelo o que eu passei e que me deu força, me apoiou, assim como pude incentivar outras mulheres diabéticas.

E qual não é a minha felicidade cada vez que me deparo com participantes deste blog grávidas. E utimamente não tem sido poucas. Algumas programaram, outras não. Percebo, em todas, uma pontinha de medo, por mais que tudo pareça sob controle. É assim mesmo. Nossa preocupação como mãe já começa antes mesmo de concebermos. Queremos que tudo esteja nota 10, mas precisamos nos contentar, de vez em quando, com um 9, com um 8,5, às vezes com uma nota abaixo da média.

O mais difícil da gravidez de uma diabética é manter os níveis diários sob controle e manter a calma. A gravidez muda tudo, o organismo age de forma totalmente inesperada. Quando pensamos que estamos fazendo tudo certo, nos decepcionamos com um nível glicêmico ruim. Mas precisamos continuar e continuar nos esforçando para atingir a meta. Vejo isso agora, o Lucas está com dois anos e oito meses e me delicio com ele todos os dias, a cada instante, com seus sorrisos, chamegos e até com a suas birras. São mais de dois anos de troca de fraldas "deliciosamente" sujas, de mamadas e mais mamadas, colo, noites sem dormir, amor sem fim…

E o controle, na época da amamentação, ficou excelente. Controle nota 10! Tá bom, confesso, tirei 9!

A todas as mulheres diabéticas que estão gravidinhas e que terão seus pequenos em 2012, os meus parabéns, o meu apoio, a minha alegria. A todas que decidirem ficar grávidas, o meu incentivo. Tem de ser persistente. O resultado é lindo!



sexta-feira, 11 de maio de 2012

Essa mamãe é doce há 33 anos!!!!!

Gente imaginem um bebê com 1 mês de vida diagnosticada com 810 mg/dL de glicemia, sim isso aconteceu há 33 anos atrás, a nossa querida Carol Freitas do blog Doces contos de uma vida doce tem muitas histórias pra contar!!!

Conheçam um pouco mais dessa super mineira, mamãe da Isabella lendo o post abaixo.

Desafios e alegria de ser uma mãe doce...
Para quem teve a expectativa de vida julgada por muitos para no máximo 15 anos, ser diabética e mãe aos 31 anos foi uma benção e literalmente mudou a minha vida...
A vontade de engravidar não era um desafio só para mim, envolvia também minha família, médicos, teve que ser pensada e extremamente planejada, sabia que minha saúde e meu controle deveriam estar em dia para não corrermos nenhum risco. Meus exames estavam ok: retina, glicohemoglobina, rins, coração, etc... Era só esperar!!! Entretanto, planos também falham... Planejei tanto que só percebi que estava grávida já com quase 4 meses de gestação.
Quando descobri gravidez fiquei muito assustada e receosa, pois no período de 13 semanas que antecederam a descoberta, passei por episódios diários de hipoglicemias severas que me fizeram desmaiar, sendo necessário ser levada inconsciente para o hospital duas vezes. Eu tive muito medo, medo de pensar na possibilidade do meu bebe ter sofrido alguma sequela, como hipoglicemia ao nascer, excesso de peso e tamanho, peso abaixo do normal, além das sequelas neurológicas.
Passado o susto da descoberta, a dificuldade, no meu caso, em conviver diariamente com o medo das amendrontadoras e perigosas hipoglicemias, a alegria e o prazer de ser mãe amenizaram as dificuldades de ser diabética. O importante é que apesar das dificuldades a minha Isabella, nasceu linda, perfeita, sem complicações e que só me dá alegrias...
Além de linda, a minha Bella é uma menina que contagia felicidade, inteligente e ligada em tudo que se passa. Mesmo com menos de dois aninhos se preocupa, cuida de mim e já entende o que é hipoglicemia, pois já presenciou algumas cenas chatas... Agora vive me perguntando: mamãe já viu a “micose”? tá tudo bem, tá passando mau? mamãe toma o suquinho todo para “miorar”... Ás vezes meu coração se despedaça ao ver e pensar na responsabilidade e preocupação que ela já tem comigo... 

Deus me presenteou com essa anjinha que mudou minha vida, me tornou uma pessoa melhor, mais paciente, mais tolerante que preza hoje muito mais os valores simples como amor, carinho, bem estar, que consegue dar boas risadas de bobagens que só mamães entendem como primeiro dentinho, primeiro passinhos, primeiras palavrinhas entre outras milhões de alegrias que vivemos diariamente!!! 

Hoje cuido ainda mais da minha saúde, pois sei que ela ainda precisa integralmente de mim... Meus médicos não me recomendam outra gravidez e não pretendo desacatá-los, ter minha pequena já foi um desafio grande e com filhos biológicos melhor eu parar por aqui.
Sou uma mamãe coruja assumida e vivo pela minha filha um amor infinito, um amor que não quer nada em troca, um amor despreocupado que não se importa com as noites em claro, com as roupas manchadas, com a casa bagunçada, com as paredes cheia de desenhos surreais...
Ser mãe é extremamente desafiante, mas é sem dúvida nenhuma a maior felicidade que uma mulher pode ter na vida independente de sua cor, raça, credo, condições financeiras ou se tem ou não diabetes... Fica a dica!!!

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Carolina Lima: Ser mãe da Jujuba!

Hoje é a vez de nada mais, nada menos do que a nossa querida Carolina Lima, a super mamãe da doce Jujuba!!!

O blog da Carol (Jujuba Diabética) foi um dos primeiros que li depois da descoberta do diabetes de nosso filho. Desde então passei a acompanhá-lo e cresceu a admiração por está pessoa maravilhosa que é a Carolina, um exemplo de mulher e mãe, sempre disposta a nos informar e esclarecer sobre o diabetes de uma forma descontraída e gostosa de aprender!

Com a vocês a super mãe da Jujuba!!!

Como é bom ser mãe de minha Jujuba!!!!

Essa semana num reencontro com uma antiga colega de escola, estávamos discutindo o “estar” ou “não estar” preparado para engravidar e ser mãe...

Parei então para pensar sobre esse assunto ... Acho que na verdade nunca me senti realmente preparada para ser mãe... Eu FUI mãe e pronto!

Eu e Marcos estamos juntos a mais de 18 anos, desses apenas 8 de casados (sim, demoramos 10 anos para casar... rsrsrsrs). Engravidei de Julia num sustinho bom.... Realmente não esperava e não me sentia muito preparada para isso... Mas será que um dia me sentiria???? No inicio foi confuso para a minha cabeça, mas loguinho passei a gostar da ideia e já contava os dias para ver a carinha dela (contava os dias de verdade, pois apesar de estar adorando a ideia de ser mãe, não gostei de nenhum momento do processo de gravidez...) Julia então nasceu... Amadureci ao longo dos meses e peguei pratica suficiente para me sentir uma mãe bem razoável...

Ao fim desse primeiro ano minha vida já estava começando a voltar ao normal. Tinha voltado a trabalhar a todo vapor, Julia já estava matriculada numa creche escola, Já estávamos voltando a sair à noite, e a dormir uma noite toda sem preocupações.... Foi aí que de uma hora pra outra as coisas começaram a mudar... Julia já não dormia direito, estava sempre irritada, chorava por tudo... Resultado: Veio a “Bomba” do diabetes...

Tive que amadurecer na marra!!!! Tive que arrumar forças não sei de onde, para levantar a cabeça e enfrentar a situação desde o primeiro dia....

O tempo passou, a situação acalmou, e eu terminei mudando um pouco os meus conceitos do que seria o “ser mãe”...

Hoje é algo muito mais profundo e complexo... Muito mais maduro e principalmente sem lugar para “frescuras”....
 
Hoje para mim, ser mãe, é tornar minha filha feliz, a qualquer custo apesar das dificuldades;

É acordar todos os dias às 6 da manhã, independente de ser fim de semana, férias ou feriado para fazer o teste de glicemia para saber se pode ou não deixar ela dormir até um pouco mais tarde,

É mesmo estando morta de cansada de um dia inteiro de trabalho esperar ela adormecer completamente para fazer a troca da cânula no maior cuidado e silêncio do mundo para que ela nem acorde nem sinta a “picadinha”,

É saber reconhecer o que cada gesto, cada olhar e cada “suor” representa em relação à suas glicemias;

É acordar todas as madrugadas para dar uma comidinha noturna para que ela não corra o risco de acordar com hipoglicemia;

É ter mãos de polvo (com pelo menos uns 10 tentáculos) ou virar uma super heroína, na hora de corrigir uma hipoglicemia severa, estando sozinha com ela e sem ninguém para ajudar;

É superar uma grande fobia que tenho desde infância, para poder socorrê-la;

É assistir aos avanços, sorrir com as pequenas vitórias e ampará-la nas pequenas derrotas;

É dormir com um olho aberto e outro fechado e com os ouvidos bem juntinho de sua cama;

É acompanhar escondidinha absolutamente tudo que acontece na escola, ensinar professoras e lutar sempre pela igualdade de tratamento dela em relação às outras crianças...

Ser mãe é ter uma aventura permanente, ter dias totalmente diferentes um do outro, mesmo que a rotina continue absolutamente a mesma;

É apesar de ter fórmulas exatas dadas pelos médicos, ter muitas vezes a certeza de que é a sua percepção e sentimento que vai ajustar melhor os controles de sua filha, pois o organismo dela não segue uma fórmula exata;

É virar uma expert em assuntos que antes odiava discutir;

É aprender a comer verdura só para dar bom exemplo;

É decorar uma tabela praticamente inteira das quantidades dos carboidratos dos alimentos;
É ter o sangue frio de dar uma furadinha em sua filha muitas vezes no dia, como se tivesse feito aquilo a vida inteira;

É saber diferenciar uma má criação de um ataque por conta de alguma variação de glicemia;

É fazer lindas amizades virtuais para trocar experiências visando sempre melhorar sua qualidade de vida;

É usar uma boa parte do seu dia para fazer pesquisas em busca de novidades e informações;

É ajudar sem esperar nada em troca;

É estar sempre por dentro de todas as novidades sobre diabetes e pesquisas mesmo odiando a área de saúde;

É informar, escrever, conversar, debater, pesquisar, simplesmente para contribuir com a “causa”;

É ser tão frágil e ao mesmo tempo tão resistente;

É se desdobrar em 20 em busca da felicidade de toda família;

É ter medo, mas ter que esquecer que ele existe para que as coisas caminhem;

Ser mãe é saber lidar com coisas complicadas de um jeito descomplicado para que sua filha possa ter uma vida completamente normal, mesmo que para isso você tenha que fazer algumas privações pessoais, e ainda achar isso a coisa mais legal do mundo (e realmente é)!!!

E assim sou mãe!!!!! Tento fazer a minha parte da melhor forma possível... Que Julia usufrua de minha pequena contribuição em sua vida assim como ela desde tão pequena me ajuda e ensina, com sua precocematuridade, coragem e disciplina, a me tornar uma pessoa e uma mãe muito melhor! 

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Ser Mãe - Ana Claudia Cendofanti

Ser Mãe... o que é ser mãe? Ser mãe é ser tudo! É plantar a base do futuro de nossos filhos, uma responsabilidade e tanto, mas se cultivada com amor nascerá  frutos bons!!!

A nossa mamãe de hoje é a Ana Claudia, lá de Curitiba, tenho um carinho todo especial por essa garota!! Nos conhecemos através do Facebook e no final do ano participamos de um amigo virtual, onde foi minha amiga secreta!!! A Ana é uma pessoa maravilhosa, sempre disposta a ajudar e em trabalhar em prol do bem, ficaram curiosos? Leiam o post e conheçam um pouco mais dessa super mulher, mãe das princesas Sarah e Sophia.

SER MÃE

Ser mãe é o melhor dos presentes que já recebi em minha vida, ser mãe duas vezes então é ser duplamente abençoada. Amor de filho é incondicional e sincero, somente após a maternidade você consegue sentir o verdadeiro valor disso.

Fui mãe pela primeira vez com 34 anos, em 25 de novembro de 2006 quando nasceu minha linda Sarinha. No momento que a vi pela primeira vez, percebi o quanto minha vida ia ficar mais valiosa e cheia de boas novidades. As primeiras palavras, os sorrisos, os primeiros passos tudo encanta uma mãe. Em 17 de julho de 2009 nasceu a minha linda Sophia. A família ficou completa com a vinda dela. A Sarinha que pedia uma irmã, ajudava em tudo: a dar banho na irmã, a trocar a fralda e dando leite materno que eu separava em uma mamadeira. Eu e meu marido Paulo sempre tentamos cultivar a amizade entre elas e tornar nossa família um elo de confiança, carinho e amor.

Alguns dias depois da Sophia fazer três meses, a Sarinha foi diagnosticada com DM1. Confesso que meu coração de mãe viu o chão se abrir embaixo dos pés e chorei sozinha por horas a fio quando li o exame. Aos poucos o choro cessou, o medo de agulha foi perdido na primeira aplicação de insulina que fiz nela, as palavras de conforto àquela menina linda de dois anos foram surgindo em minha boca com tamanha convicção que até eu mesma ia me convencendo, a coragem daquela filha em não reclamar dos dextros e das aplicações me dava forças. E quando minha filha perguntava por que eu tenho diabetes mamãe? Eu respondia, com tranquilidade e um amor de mãe “filha você não precisa gostar da diabetes, mas precisa aceitar, você pode fazer tudo que uma criança faz só precisa tomar insulina que seu corpo já não fabrica mais. Insulina é vida para você e a mamãe não pode deixar te faltar isso, você é minha vida”. A Sophia sempre atenta a irmã se acostumou as injeções, sempre querendo me ajudar a fazer os dextros na irmã (e querendo fazer nela mesma também) e encarando tudo isso com naturalidade. Quando ela ouve a palavra hipo, sai correndo para buscar a caixinha de água de coco ou de suco de maçã e dá para a irmã dizendo “toma Sarinha pra ficar boa, toma”. Ela imita a irmã em tudo e as duas correm pela casa dizendo “melhores amigas irmãs”.

Muitos dizem que a alimentação é a parte mais difícil, eu discordo. Difícil é dormir sem se preocupar com as hipos (ainda mais depois de ter passado por uma hipo severa e ver sua filha convulsionando), difícil é calcular a insulina e considerar neste cálculo todas as variações de humor imagináveis que interferem neste cálculo, difícil é ser um pâncreas artificial, difícil é ter que ser rígidas em horários, difícil é ensiná-la a encarar a diabetes como parte da vida dela e ajudá-la a amadurecer antes do que normalmente ela precisaria. Mas um coração de mãe acha forças para vencer todas essas barreiras, incorporar novos conceitos no dia a dia familiar, a bloquear pessoas que tentam te desviar do caminho a toda hora, a bloquear comentários maldosos e bombardear a quem preciso for com a verdade. É ter forças para tentar ajudar outras mães que também não tem apoio nessa missão.

Posso dizer que sou uma mãe privilegiada por ter um marido presente e amigo, um pai amoroso e cuidadoso, filhas que se amam e que nos amam. Posso dizer sim que minhas filhas são felizes e nossa família caminha junta como sempre imaginei que seria. A diabetes é um fator a mais, mas não é o mais importante. Deve ser considerada e respeitada, porém o foco é viver bem, com saúde e feliz. E o mais difícil de todas as missões de uma mãe é nunca esquecer que “Filhos são como navios. Um navio não foi feito para ficar parado no Porto (preso embaixo das asas da mãe) e sim feito para navegar, mas precisa ter seu Porto Seguro.” Sim a missão mais difícil é prepará-los para a vida e ensiná-los a ser seguros e confiantes de que sua felicidade está em si mesmo e nas opções que faz. Sou abençoada por ter minha família e por ter minhas filhas Sarah e Sophia.

Ana Claudia Cendofanti



terça-feira, 8 de maio de 2012

Mamãe Dani Torres!!!

Maceió uma cidade cheia de vida, de luz, de gente e de mães maravilhosas... hoje vamos conhecer a Daniela Torres uma mamãe mais que especial!!!!

Sempre que leio alguma postagem da Dani no blog Vida com Tourette me vem uma imagem dela como mãe delicada, carinhosa e amorosa, porque na verdade as mães são assim, mas a Dani tem também o lado leoa que defende os seus filhos com unhas e dentes, uma mulher delicada, mas valente!!!

Eis um pouco da Mamãe Daniela Torres!!!!


Sou mãe!

Me chamo Daniela Torres e tenho dois lindos filhos: Leandro que tem 13 anos e Daniel que tem 8 anos.

Sou mãe coruja, mãe-leoa , mãe-canguru e vários outros animais da floresta. Tenho um para cada situação. Mas geralmente me sinto assim:



Nada me definiu tanto como mãe do que essa foto .

Abro as asas, coloco os dois embaixo e saio por aí.

Sim, claro que sei, que rapidinho vão querer voar. Já começam a treinar, mas , esse é o segredo: o treino. Vão voando baixinho no começo, aprendendo a ser cautelosos, escolhendo lugares certos para o pouso.

Estou aproveitando o quanto posso, enquanto ainda aceitam o conforto das minhas asas. Porque vai chegar o dia de voarem só, de escolherem o próprio local para pouso. E eu já terei corrigido seus erros, acertado seus passos e mostrado o caminho, tudo isso, sem viver suas vidas.

Afinal, pássaros são feitos para voar. E filhos? Filhos são feitos para serem amados e para amar.

E eu os amo. Amo o Leandro com seu jeito maduro de falar, amo a maneira corajosa com que enfrenta seus desafios e amo o Daniel com suas respostas afiadas e amo o seu carinho pelo meu cotovelo. Amo cada pedacinho e particularidades de cada um.

Aprendo a ser mãe todos os dias e não a nada melhor depois de um dia longo, deitar na cama com eles, ler um livro para um, fazer massagem no outro e ver que a vida é simples assim, apesar do caminho nem sempre simples.

Agradeço a Deus por ter me escolhido para ter Leandro e Daniel como filhos . Amo!!!!!


segunda-feira, 7 de maio de 2012

Mês das Mães - História da Cris Costa

Estamos no mês de maio, na semana do Dia das Mães, quando falamos em Mãe vem tanta coisa na cabeça, vários sentimos misturados. E como eu queria fazer uma homenagem a todas as Mamães resolvi nesta semana, postar relatos de algumas super Mamães, assim como eu e você!

Pra começar estou postando a história de uma amiga de Minas super guerreira a Cris Costa diabética e mãe!!! Algumas pessoas já conhecem ela lá do blog Cristiane diabética e mãe. Uma história de força e coragem!

Meu nome é Cristiane, fui diagnosticada no ano de 1991quando eu tinha apenas 10 anos! Esse ano vou completar 21 anos de diabetes!

Fui crescendo e sempre ouvindo que mulher diabética não pode ter filhos, as explicações eram que o bebê poderia nascer mal formado, pois taxas elevadas de açúcar no sangue nos primeiros três meses da gravidez aumentam o risco de o bebê não se desenvolver da maneira correta. Isso e várias outras coisas como uma médica me falou que é impossível uma mulher diabética ter um filho pois ela mal cuida de sua própria saúde!

E eu não levei tão a sério as palavras que fui ouvindo ao longo dos anos e como ouvi besteiras! Meu sonho era casar e ter filhos, pelo menos dois, mas de alguma forma acreditava que isso nunca iria acontecer comigo! Conheci meu príncipe em 2001, em 2004 nos casamos e aconteceu a primeira gravidez, quando descobri já estava no quarto mês, minha menstruação sempre foi e ainda é muito desregulada, mês desce, mês não desce e não me preocupei. Meu marido que notou eu estar mais redondinha (palavras dele mesmo) e fizemos o teste de gravidez no laboratório, a tarde saiu o resultado, peguei, eu fui pegar o resultado sozinha, quando abri não acreditei no que estava escrito:POSITIVO, em letras garrafais, tremi, chorei, ri, foi uma mistura de sentimentos, liguei para meu marido que me respondeu: "Eu já sabia rs"

Voltei para casa e fiquei admirando o exame, olhei minha barriga, realmente estava bem redondinha rs, a ficha só caiu quando fiz meu primeiro ultrassom e vi meu bebê, lindo, perfeito, já estava com 5 meses, era um menino! Meu marido ficou todo orgulhoso e escolhemos o nome: Gabriel.

A gravidez foi toda tranquila, entre muitas internações e uma forte infecção urinária, a historia é bem grande, perdi meu filho não por causa da diabetes mas por erro médico!
Com isso quase entrei em depressão, mas alguns meses depois aconteceu o mesmo rs, meu marido desconfiou e eu também, notei estar redondinha mas ainda duvidei, a médica do posto me fez o pedido e de novo o susto: POSITIVO!!!

Eu fiquei toda feliz! E com medo também! A gravidez correu toda bem, fizemos o ultrassom também no quinto mês e era uma menininha! Perfeita e saudável! Meu marido escolheu o nome, em homenagem a sua vó materna: Rita, chamamos ela de Ritinha rs, a gravidez foi tranquila também, no sétimo mês internei, glicemias e pressão subindo e descendo, risco para mim e para Ritinha, depois de 15 dias internada, os médicos marcaram minha cesárea, ela nasceu bem, precisou ir para UTI porque nasceu cansadinha, ficou internada 1 mês e meio e depois foi só alegria!

E aconteceu de novo! Olha eu ficando barrigudinha! Mas eu pensei que seria impossível, eu estava amamentando, não estava sentindo nada e o tempo passou, mas comecei a enjoar e a barriga apontando bem, fiz o exame e de novo: POSITIVO! Eu pensei: "De novo???" Fiquei imaginando que talvez eu não conseguiria levar a gravidez até o final, me doia, deixar a Ritinha tão pequenininha para ir nas consultas quinzenais em Belo Horizonte, mas foi tudo bem e aconteceu igual a gravidez da Ritinha, no sétimo mês internei por causa da pressão e glicemia descontroladas, os médicos marcaram a cesárea e ela nasceu bem, mas meia hora depois começou a cansar e precisou ficar na UTI, o bom é que ela ficou apenas 21 dias, eu que escolhi o nome dela: Ana Luiza.

Minha última gravidez foi um pouco diferente, eu estava tão feliz com meus dois bebês que realmente eu não tomei cuidado para não engravidar, achava que seria impossível. Mas erro meu rs. Eu e meu marido notamos a barriga apontando e eu mais gordinha, apenas achei que depois de três gravidez uma atrás da outra e 2 cesáreas eu havia engordado. Mas para tirar a dúvida fui com meu marido no laboratório fazer o teste, e quendo pegamos o resultado, eu areditando que desta vez estaria escrito negativo, mas para minha surpresa outro POSITIVO! Eu chorei, chorei muito, não queria passar por aquilo tudo de novo! Não procurei médicos, mas no sexto mês a gravidez ficou bem complicada, eu passava mal, não aguentava andar, uma anemia profunda, não conseguia comer direito e comecei a ir nos médicos, tudo estava ok, glicemia, pressão arterial, a única coisa que estava ruim era a anemia e o excesso de azia, eu sentia uma queimação terrível e por isso não conseguia comer direito, a obstetra queria segurar minha gravidez ate o nono mês, eu consultava toda semana em Belo Horizonte, mas quando completei 8 meses a bolsa rompeu! Saiu tanta água que eu pensei ter feito xixi rs e estava sentindo uma dor já eram as contraçãoes mas eu não sabia, meu marido me levou para o hospital, depois de horas de espera por uma vaga em Belo Horizonte fui levada as pressas, quase ganhei no meio da estrada, foi minha terceira cesárea, a Danielle (eu escolhi o nome) nasceu bem, não cansou e desceu para o quarto comigo!

Até hoje me pergunto como conseguir ter três filhas? Mas elas são lindas e saudáveis! O controle da diabetes fica meio complicado, cuidar de três meninas sapecas não é muito fácil, elas agora estão crescendo, a mais velha Ritinha está com 6 anos, a Ana Luiza está com 5 anos e Danielle, a caçula está com 4 anos!

De um ano para cá estou conseguindo cuidar melhor da minha saúde, elas estão maiores e estão mais independentes e meu marido me ajuda muito!